Lâmina e cárcere

Menor o receio
da mão que segura a faca
se ela própria existe.
Nada conta o metal
a lâmina
ou o cálice
Não anuncia reflexo,
o espelho.

Não tecem contos
não contam
os mortos,
ou predizem o medo.
Mas é certo que virá.
É certo que veio.

Ousa a jaula
o cárcere
cantar a liberdade?
E o animal?
O eu-animal
não arrisca em ti
um último fôlego?

Não te desespera
criatura do mundo
a lâmina e o cárcere?
então o que teme?

Se não o vazio,
o júbilo da vida?

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