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Mostrando postagens de abril, 2015

Dos Amantes

Pedro, te amo. amo-te, pois teu corpo é luminoso e vivo. Secreto em ardências. Porque caminha alheio e paralelo do mundo. Do todo mundo. Figura contorno ao vazio e o nomeia, chama-o: belo, porque compreende soturno teu caminhar e, de escuridão meu revés. Alice, te amo. amo-te, pois não sendo tu Alice nenhuma outra o seria. Porque és possuidora de forças tantas e fragilidades muitas. Será Alice o inverso de Roma? Será felicidade, medida exata entre teus todos olhos à boca? Amo-te Pedro, pois és forte e audaz. Onde, sendo sempre leão, fingi-se cordeiro. Amo-te pequena Alice, e reconheço em ti tuas ranhuras. Porque teces contos, mas não te moves. E pensando amor, só haverá Pedro à tua poesia. Deita-te luminoso Pedro. Prova-me o gosto. Deita-te curiosa Alice Move-te para dentro. Para o bem mais Sendo a noite reduto dos amantes e a lua, guardiã de todos os pudores morre-se à luz apaga-se o mundo inteiro.