a roda do mundo

três giros
da roda
vezes três
e o silêncio
de prata
que coroa
meus cabelos,
as máculas
na fonte
primitiva
da primavera
radiante,
rajando
a mocidade
de cinismo,
perdas
e cotidiano

a permanente
entrega
de nós
mesmos
e o esvaziar
dos olhos
salgados
temperados
pela partida
e pela
entrega

até que reste
sob a terra
apenas
minha
memória
e minha dor
e até isso
não será 
suficiente

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