todas as mortes do amor

ama a imagem,
a sensação, a rima
descontinuada,
o atravessamento,
mas desconhece
o escuro da noite,
e o degelo artico
dos meus olhos
desmaiados,
a fome crescente
e a ansia pelas
águas terriveis
do fim do mundo,

desconhece as
cicatrizes e as falhas
sob nosso teto,
a fragilidade
intrínseca 
da nossa história,
o vazio incomodo
que ocupa nossa
mesa agora,

ama o desejo
o amanhã e
a estrada,
a vertigem
inocente
dos primeiros
dias, ama
e desconhece
a sombra no meu
peito, o punhal
na noite azul,
os ganidos
de prazer
e dor
e as muitas
mortes do amor.

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