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Mostrando postagens de outubro, 2016

Elegias Marítimas ( voz & outras percepções)

https://youtu.be/xavDpKCHQdA

Cantos de morte.

Que segredos contam os lírios amontoados nas paredes? sobre qual delírio segredam ás flores em seus vasos-túmulos eternos sem verão? O que contam os mortos no espaço límbico dos vivos? Que histórias contam ás lágrimas e o luto a respeito do indeterminado fim? (se houver fim) A morte é a ausência última dos que ficam e ficam sós a escarnecer da luz de um outro dia ou a beatificar o morto e o chão que o sepulta.

Mapas, Trilhas & Fugas

Guardo aqueles pequenos suspiros, fragmentos breves e trêmulos do desejo incorpóreo, fluindo no rio no sentido contrário à vida, que planejamos sozinhos, traçando rotas, planos e mapas para dias comuns, perdidos na cama e no jazz alucinado das esquinas de qualquer bairro nobre de madrugada, aflitos, no cair das máscaras e alagados de uma fome voraz do outro-inteiro, que nos consome e some, suspenso na trama nos ardis do tempo e da vida.

Desertos familiares

Escassez total e iminente d'agua, sangue venoso da terra, fluídico nos poros abertos de homens deserto, vazando do corpo, do olho, o sal imaculado, presente de Deus. E o sol? Esse que a visto por sobre frestas fundas nas agruras do tempo? Que ele não se ponha em minha vida.