aquilo que era sol

eu lembro dos dias de luz
de quando as tardes se estendiam
pelas paredes oferecendo quadro aos cômodos, insinuando gestos corriqueiros
inadvertidos do encontro de calor
de corpos incendiados pelo pavor
das mãos à mistura-se em nó
sobre lençois turquesa,
tapeçaria estrangeira da sua mãe.
uma garrafa e meia de um qualquer
cabernet Sauvignon, horas e horas
medidas por manhãs incorporadas
em segredo ou café ou outra coisa
meio-doce, eu me lembro dos
dias de luz e do verão tocando o mar
eu me lembro do sol nas praias
que estivemos, dos infinitos acenos
retratados em nossa janela de fitas
eu me lembro do toque e da luz
mas agora é noite amor
e agora?

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