Elegias marítimas

Arrasta-me
ao profundo
das águas,
repousa
meu corpo
marítimo
no leito
áspero
de tantos
outros
barcos
náufragados
em paixão.

Recolhe,
nas conhas
e presentes
ás vozes
potentes
de ventos
soltos,
ainda
pouco
frementes
ao canto.

Trôpego
de amor
ou maresia,
envolve-me
suplicante
em tuas
longas
ondas.

Desmancha
meu lar
terrestre,
estica
o desejo
salgado
de peixes
multicoloridos
sobre
meus olhos,
trança
meu cabelo
com algas-marinhas
enquanto
me conduz,
sem pressa,
tranquilo,
aos
teus
braços
de mar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dos amantes

descontinuado

Ensaio contra o Sol